ACEESP - Associação dos Cronistas Esportivos

ACEESP DECRETA LUTO PELA MORTE DE FLÁVIO ARAÚJO

Morreu nesta terça-feira (17), aos 90 anos, o jornalista e narrador esportivo Flávio Araújo.
Nascido no dia 29 de julho de 1934 na cidade de Presidente Prudente – SP, foi um dos maiores narradores esportivos do rádio brasileiro. Trabalhou na Rádio Bandeirantes durante 25 anos, nos tempos do Scratch do Rádio, quando a emissora do Morumbi tinha uma equipe que reunia alguns dos maiores nomes do rádio esportivo brasileiro, entre eles Fiori Giglioti, Mauro Pinheiro, Roberto Silva, Luiz Augusto Maltoni, Alexandre Santos, Ênio Rodrigues, Borghi Junior, Barbosa Filho, Estevam Sangirardi, José Paulo de Andrade, Fernando Solera, Loureiro Junior, J. Háwila, Chico de Assis, Tony Lourenço, Darcy Reis e João Zanforlin.

Flávio Araújo iniciou a carreira no rádio em sua cidade natal, em 1950. Em 1954, com 20 anos, fundou e dirigiu por um ano a Rádio Clube de Dourados, no hoje Mato Grosso do Sul. Depois de alguns anos narrando o futebol prudentino, se transferiu para a Rádio Bandeirantes de São Paulo, na qual ficou de 1957 a 1982 e encerrou suas atividades em São Paulo na Fundação Cásper Líbero como superintendente de esportes da Rádio e TV Gazeta. Militou por 10 anos na Rádio Central, de Campinas, como comentarista e transmitiu, ao longo de sua brilhante carreira, tudo sobre futebol, boxe, basquete e automobilismo. Em suas transmissões de futebol, era chamado de “o locutor que anda em cima da bola”, pela sua precisão dos lances que ocorriam durante a partida. Quem o ouvia pelo rádio, sabia muito bem aonde a bola estava e com quem estava naquele momento, pois Flávio fazia questão de narrar em cima da jogada.

Flávio teve quatro filhos, um deles morreu no trágico acidente da TAM no Jabaquara em São Paulo em 31 de outubro de 1996. Flávio Araújo deixa 9 netos.
Em outubro de 2016 foi morar morar em São José dos Campos-SP para cuidar de sua esposa, Yvette Pinheiro, diagnosticada com Alzheimer. Ela morreu no dia 30 de dezembro de 2016, em decorrência da doença. Yvette, assim como Flávio Araújo, foi importante nome do rádio, tendo trabalhado como atriz de radionovelas e apresentado um programa de muito sucesso, chamado “Histórias da Fadinha”, onde narrava histórias para o público infanto-juvenil.